Ritmo de vacinação contra Covid cai 20% no mês de maio em Minas Gerais

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A campanha de vacinação contra a Covid-19 desacelerou em 20,3% neste mês de maio em Minas Gerais, na comparação com abril, segundo análise realizada por O TEMPO a partir de dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). 

Entre o início do mês e esta sexta-feira (21), foram administradas em média 75.874 injeções por dia. Em abril, o ritmo registrado havia sido de 95.152 aplicações diárias, de acordo com os dados informados pelas prefeituras ao governo estadual.

 

A situação afetou mais diretamente os mineiros que estão na fila pela segunda dose dos imunizantes, com uma redução de 30,4% no ritmo de aplicação das injeções complementares. Enquanto 36.238 cidadãos, em média, concluíam o esquema vacinal a cada dia no mês de abril, essa frequência caiu para 25.223 em maio.

Considerando a média móvel de sete dias, o pico no Estado aconteceu no fim do mês passado, com 125.826 doses administradas diariamente entre 22 e 28 de abril. Já nesta última sexta-feira (21), o indicador estava na casa das 65.901 injeções aplicadas por dia: isto é, caiu pela metade em pouco mais de três semanas.

Chama ainda mais atenção a queda nas aplicações das doses complementares. A média diária de mineiros completando o esquema vacinal chegou a 57.832, também na última semana de abril, mas despencou em 71,5%, para apenas 16.470 por dia desde o sábado passado.

 

Como O TEMPO mostrou na última quarta-feira (19), dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde indicavam que 212 mil mineiros tomaram a segunda dose fora dos prazos indicados na bula e até 530 mil já deveriam ter recebido o complemento, mas ainda estavam na fila.

A redução no envio de novas remessas pelo governo federal e as falhas de distribuição são os principais problemas. Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o estoque de imunizantes se esgotou em ao menos 176 cidades mineiras na semana passada.

Cabe lembrar que, em março, o Ministério da Saúde havia recomendado que as prefeituras deixassem de reservar a segunda dose, mesmo sem estudos que demonstrassem o prazo máximo para uma aplicação complementar segura e eficiente, sob o argumento de que novas cargas chegariam a tempo. A orientação foi revertida no fim de abril, após municípios terem relatado aumentos acelerados na defasagem e interrompido as aplicações por falta de vacinas.

Após quatro meses de vacinação, Minas Gerais chegou aos primeiros 10% de sua população vacinada com as duas doses apenas na útlima quinta-feira (20), segundo os dados do governo estadual.

De acordo com a SES, Minas Gerais recebeu do governo federal um total de 3.195.980 novas doses de vacinas contra a Covid desde a última semana de abril. Segundo a pasta, essas remessas seriam suficientes para praticamente zerar o déficit de cidadãos com a segunda dose atrasada e ampliar a vacinação para alguns grupos com comorbidades.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que realiza uma avaliação do andamento da campanha de vacinação contra a Covid-19 em todo o país, com apoio do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).

“Cabe esclarecer que, semanalmente, a pasta coordena reuniões com as gestões de saúde estaduais e municipais para definir a orientação adotada a cada nova distribuição, para o cumprimento da imunização. O Ministério ressalta que a distribuição de doses aos estados é estimada de acordo com as previsões de entrega dos laboratórios”, diz o texto.

Ainda segundo o ministério, a orientação é que os cidadãos tomem a segunda dose mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado na bula pelos laboratórios, para completar o esquema vacinal e assegurar a proteção adequada contra a doença.

 

 

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