Polícia Civil investiga influenciadores por fazerem drift em ruas de BH e região


Três influenciadores digitais estão sendo investigados pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) pela prática conhecida como “drift” em vias públicas de Belo Horizonte e região metropolitana. Essa é uma técnica que consiste em deslizar o carro na curva como se ele estivesse andando de lado, porém, é proibida quando não autorizada.

Segundo o delegado Wagner da Silva Sales, chefe da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação de Crimes de Trânsito (DEPICT), os delitos vem acontecendo há alguns anos e são compartilhados nas redes sociais. “Eles postavam essas manobras com grande frequência nas redes sociais. A intenção deles era mostrar, principalmente para esse público mais jovem a realização disso”, disse.

Veja algumas imagens:

 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Luiz Arthur Sena (@luizdrift)

 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Luiz Arthur Sena (@luizdrift)

Os suspeitos são: Luiz Arthur Sena, de 27 anos, professor de educação física; Nelio Morais, de 23 anos, comerciante; e Nicolas Marinho, de 31, vendedor de carros. Eles já foram ouvidos, confessaram as práticas, que aconteciam muito em Nova Lima e ruas do bairro Buritis, região Oeste de BH, e demonstraram arrependimento.

“Eu sou piloto de drift, e alguns vídeos meus foram feitos em vias públicas. E a Polícia Civil vem junto comigo conscientizar sobre o trânsito, reconhecendo meu erro aqui. E conscientizar todos vocês, jovens, que assim como eu, que o trânsito não é lugar disso”, disse Nelio Morais.

“De acordo com alguns vídeos que viralizaram na internet, junto com a Polícia Civil a gente está vindo aqui para falar sobre a conscientização e a paz no trânsito. Foram feitas algumas manobras em via pública. Reconheço meu erro e afirmo que não vou fazer mais”, contou Luiz Arthur.

Segundo o delegado, eles podem responder tanto criminalmente quanto através do Código de Trânsito Brasileiro. “Isso configura crime de trânsito, previsto no Artigo 308. “Penalidade de seis meses a a três anos de detenção, além da pena de multa e da suspensão de dirigir ou de obter a permissão para dirigir. Isso na esfera criminal. No trânsito, infração administrativa, também com aplicação de multa, quase R$ 3 mil e sete pontos na carteira”, explicou.

Conforme o delegado Sales, o principal objetivo do inquérito é mostrar para a população que esse tipo de prática em via pública traz risco tanto para os esportistas quanto para os cidadãos em geral. “Nós queremos paz no trânsito. Seriedade e responsabilidade na condução dos veículos automotores. Eu deixei claro para eles que nenhum deles é bandido. Eles trabalham com atividades lícitas”, contou.

“Que fique claro que esse tipo de técnica, ou manobra, ou hobby, ou esporte, se realizado com a autorização da autoridade competente, em um local adequado, com as previsões do CTB, é possível”, concluiu o delegado.



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