Mineirão fortalece a economia do Estado

O arrefecimento da pandemia e a possibilidade de retomada das atividades esportivas, artísticas e culturais trazem um impulso fundamental a setores estratégicos da economia.

Nesse contexto, longe de ser exclusivamente um equipamento esportivo, o Mineirão – uma das principais referências da capital mineira –, revelou-se um elemento integrado à economia estadual, exercendo um papel de destaque nessa engrenagem.

Basta dizer que cada R$ 1 gasto dentro do Gigante da Pampulha gera outros R$ 5,57 do lado de fora. O cálculo é resultado do estudo “Impactos socioeconômicos dos eventos realizados no complexo do Mineirão sobre Belo Horizonte e Minas Gerais”, conduzido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) em conjunto com o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Realizado antes da pandemia, o levantamento revelou que em 2019, por exemplo, a movimentação financeira estimulada pelo Mineirão chegou a quase meio bilhão de reais. Naquele período foram gastos R$ 82 milhões dentro do complexo, com um dispêndio de R$ 414 milhões fora das dependências da arena.

Entusiasta do significado do Mineirão para muito além de seu espaço físico, o diretor do complexo, Samuel Lloyd, alerta constantemente sobre o risco de se observar apenas o lado lúdico ou esportivo, relegando o viés econômico, que beneficia desde a economia informal até diferentes setores, como o de transporte, o gastronômico e o hoteleiro, entre muitos outros.

Agora, em 2022, o impulso econômico da arena deverá ser ainda maior. Após dois anos de restrições, serão mais de 200 atrações. Até o fim do ano terão sido realizados pelo menos 20 festivais e quase 50 shows, sendo seis atrações internacionais. A previsão é receber 1,5 milhão de pessoas até dezembro, sem contar os jogos de futebol.

Os festivais agendados já fazem parte do calendário de Belo Horizonte, atraindo turistas de todo o país. Todos têm grande expectativa de público, e os primeiros realizados já demonstraram o vigor dessa retomada. É o caso do Breve, realizado neste mês de abril, reunindo nomes como Ney Matogrosso, Gal Costa, Ludmilla, Gloria Groove, Pitty, Duda Beat, Céu e Silva.

Em junho, será a vez do Só Track Boa, com a maior edição da história. O Planeta Brasil, neste ano, será realizado em setembro, o Sarará, em agosto, e O Último Samba do Ano, em dezembro. Cada um desses festivais recebe entre 30 mil e 60 mil pessoas.

Ao consolidar uma agenda rica e plural, o Mineirão fortalece a economia da cultura, promovendo efeitos sociais muito positivos, sobretudo pela grande capacidade de geração de emprego e renda.

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