Médicos cobram salários atrasados, e atendimentos diminuem em UPAs de Contagem


Médicos que trabalham no Hospital Municipal de Contagem e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, na região metropolitana de Belo Horizonte, fazem uma paralisação nesta quinta-feira (11) devido ao atraso no pagamento dos salários. Pacientes classificados com fichas verdes, que indicam menor gravidade, são orientados a procurar unidades básicas de saúde.

“Os pagamentos dos médicos do município desde junho do ano passado vem sofrendo diversos atrasos. Os médicos das UPAs Petrolândia, JK, Ressaca, Vargem das Flores, Centro Materno Infantil e Complexo Hospital, que é o Hospital Municipal de Contagem, têm sofrido com esses atrasos sem nenhuma justificativa para o corpo clínico. Ano passado fizemos diversos contatos com a IGH, que gere as unidades, para regularizar, mas foram feitas promessas não cumpridas”, explicou a médica Cíntia dos Santos Ribeiro, que trabalha no Hospital Municipal e UPA JK.

Segundo ela, o salário de dezembro foi pago nessa quarta-feira (10) ficando pendente janeiro e fevereiro sem previsão de pagamento. A profissional afirma que os médicos tentam uma negociação com a atual gestão da prefeitura e foi avisado que, caso não fosse regularizado até ontem, aconteceria a paralisação. 

“Só efetuaram o pagamento de dezembro, tivemos uma reunião com a prefeitura, mas ela depende da autorização do setor jurídico, financeiro, controladoria para fazer o repasse extra à IGH, uma vez que os valores pagos pela prefeitura estão em dia, mas a IGH alega que os valores dos contratos está muito abaixo do custo operacional e, por isso, não consegue honrar a folha de pagamento”, detalhou. 

Como acontece aparalisação

A paralisação começou no início da madrugada e não é presencial. Segundo Cíntia, os médicos que estão de plantão nas quatro UPAs e no Pronto Atendimento Infantil do Centro Materno fazem uma seleção dos pacientes que serão atendidos. O atendimento nas outras áreas do hospital seguem normal. 

“Eles estão fazendo a seleção dos que serão atendidos mediante aos  critérios de gravidade. Os pacientes que apresentam risco de emergência e urgênciaserão atendidos, são os classificados como vermelho, laranja e amarelo. Os classificados como verde são orientados a procurar atendimentos nas unidades básicas de saúde ou outras unidades de pronto atendimento nos municípios adjacentes”, afirmou a médica. 

Não há previsão para que o movimento seja encerrado. A reportagem de O TEMPO tenta contato com a Prefeitura de Contagem e a IGH.

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