Enfermeiros fazem carreata e planejam paralisação de 24 horas em Minas

Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem prometem uma paralisação de 24 horas no próximo dia 30 de junho em Minas Gerais. A categoria cobra o estabelecimento de um piso salarial nacional e a redução da jornada de trabalho.

Para pressionar a votação do Projeto de Lei 2564/2020, que institui o piso salarial para a categoria conforme carga horária, atualmente em tramitação no Senado, nesta segunda-feira (14), o Sindicato dos Enfermeiros de Minas Gerais realiza uma carreata, a partir das 14h, saindo da Praça da Estação com destino à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), pedindo o apoio da Casa e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para a apreciação da pauta no Congresso.

Segundo o presidente da entidade, Anderson Rodrigues, a reivindicação da categoria é por um piso salarial nacional no valor de R$ 7 mil para os profissionais com nível superior completo e jornada de trabalho de 30 horas semanais. Para as demais categorias, a proposta é que o piso seja proporcional, sendo 70% para os técnicos de enfermagem (R$ 5.120) e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras (R$3.657). O apelo, de acordo com Rodrigues, é para que o projeto seja colocado em votação o quanto antes no Senado.

“É uma paralisação e um um movimento a nível nacional. Muitos profissionais da categoria possuem mais de um emprego devido a baixa remuneração e isso acarreta em dano físico e psicológico, colocando em risco a assistência do paciente, porque a qualidade cai pela sobrecarga e pelas péssimas condições de trabalho, tanto a nível de estrutura e equipamentos”, explica o presidente do sindicado.

Atualmente, segundo a entidade, a média salarial de um enfermeiro de nível superior no Estado é de R$ 2.800 para 44 horas semanais, enquanto no interior a remuneração pode chegar a R$ 1.700. “Já tentamos o ano passado inteiro negociar com o governo do Estado, mas nem tentativa houve, sempre jogam para a frente. Estamos falando de uma categoria que cuida dos outros, não é valorizada nem neste momento que estamos vivendo em que todos já viram a sua importância”, completa Rodrigues.

Paralisação

Segundo o Sindicato, a paralisação no próximo dia 30 irá manter o efetivo de 50% dos funcionários nas unidades hospitalares e 30% na atenção básica. As unidades que atendem pacientes com Covid e as UTis irão funcionar normalmente, sem alterações no número de profissionais.

De acordo com a entidade, a carreata desta segunda-feira (14), irá sair da Praça da Estação, no Centro da capital, e irá percorrer as avenidas Amazonas e Olegário Maciel, na região Centro-Sul, em direção à ALMG. “Vamos comunicar a nossa paralisação e cobrar respostas para votação desse projeto e pedir apoio a nível estadual e federal, porque o projeto já tem assinaturas suficientes para entrar em votação no Senado e não colocam”, afirma Rodrigues.

Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde não se manifestou sobre possíveis soluções ou negociações para as reivindicações da categoria, apenas destacou que a manifestação é de caráter nacional e que a Fhemig não foi notificada até então sobre greve por nenhuma de suas unidades. A reportagem aguarda o posicionamento do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

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