A vítima da vez foi a sede do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), que teve parte da fiação levada na última segunda-feira e precisou fechar as portas para os atendimentos na unidade da rua Bernardo Guimarães, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul da capital – que só deve voltar a funcionar totalmente amanhã.
“No ano passado, a gente observava uma média de nove furtos de cabos por mês e, agora, neste início de ano, estamos com uma média de 11 furtos de cabos por mês na nossa área de atuação”, revelou.
Furto no Detran-MG não foi desvendado
Ainda não há notícia do paradeiro dos criminosos que furtaram os fios de cobre que deixaram o Detran-MG sem luz. De acordo com uma nota atualizada ontem, a apuração sobre o caso já foi iniciada e “outras informações sobre a investigação serão repassadas em momento oportuno”.
Enquanto isso, o cerco se fecha para outros criminosos que praticam crimes semelhantes. Ontem, uma operação da Polícia Civil conseguiu localizar mais de uma tonelada de cobre que havia sido furtada em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O material estava em posse de três receptadores, de 25, 31 e 54 anos, que foram presos em flagrante no bairro Bonfim, região Noroeste da capital.
De acordo com o delegado Artur Vieira, responsável pela investigação, a região é o polo de quem comercializa esse tipo de produto.
“As investigações prosseguem para identificar as pessoas envolvidas nessa criminalidade, uma vez que essa região aqui, Noroeste de Belo Horizonte, é alvo desse cometimento de furto reiteradamente. E também há muitas empresas aqui nessa região que efetuam o comercio ilegal”, revela.
Além do trio e da quantidade de cobre apreendida, a Polícia Civil também recolheu dois veículos.
Crime pode ter rendido R$ 3.000
Fontes ouvidas pela reportagem, em anonimato, assumem que o lucro obtido em uma ação como a que ocorreu no Detran-MG pode chegar a quase R$ 3.000. Se, oficialmente, o quilo do cobre é comprado por cerca de R$ 40 e revendido por R$ 45 em Belo Horizonte, para os produtos roubados, o valor cai para até R$ 25.
“Todo mundo sabe que é furada, então ninguém que tem ferro-velho compra. Geralmente, quem pega esse tipo de produto são os clandestinos que funcionam na Lagoinha durante a madrugada”, alega uma fonte que optou por não se identificar.
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