Crise envolvendo a Evergrande é a ponta do iceberg

Essa semana, o nome da gigante do setor imobiliário chinês Evergrande estampou as manchetes dos jornais mundo afora. Com uma dívida de mais de US$ 300 bilhões -equivalente a 2% do PIB (Produto Interno Bruto) da China-, o medo da falência da empresa derrubou os mercados asiáticos e os efeitos foram sentidos nas bolsas do mundo todo.

O valor das ações da Evergrande despencou 90%, e é praticamente certo que a empresa não conseguirá honrar os juros da sua dívida no trimestre atual. A grande incógnita é se o governo chinês atuará para salvar a companhia, que emprega diretamente 200 mil pessoas, ou se a deixará à própria sorte.

Independentemente do desfecho da história envolvendo a Evergrande, há algo maior a ser analisado no cenário atual da China. A crise na Evergrande não é a causa dos problemas que o Partido Comunista Chinês enfrenta, mas a consequência de anos de desaceleração da economia.

Há pelo menos 30 anos, economistas tentam prever, sem sucesso, quando irá “estourar” a bolha chinesa. O governo sempre foi muito hábil em conseguir controlar possíveis bolhas que poderiam se formar em seu mercado interno. Além disso, o acelerado crescimento econômico ofuscava qualquer outro problema que o país poderia ter.
Leia mais (09/23/2021 – 13h51)

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