Caso Bárbara: Família apresenta para a polícia 2 suspeitos de ajudar no crime

A defesa da família de Bárbara Victória apresentou para a Polícia Civil dois suspeitos que podem ter auxiliado Paulo Sérgio, de 50 anos, na morte da criança, de 10, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Em entrevista ao Patrulha da Cidade, da Rádio Super 91,7 FM, a advogada Aline Fernandes deu detalhes sobre a investigação paralela que tem sido realizada. 

“Nós precisamos descobrir se o Paulo, que é o principal suspeito, teve ajuda de alguém, seja para o crime do estupro, homicídio ou ocultação do cadáver. Com a minha investigação trouxemos duas hipóteses de possíveis ajudas. Levei esse relatório em sede policial e trouxemos dois apontamentos que precisam ser considerados de dois possíveis suspeitos”, afirmou.

Aline, ao contrário do que aponta a investigação da Polícia Civil, acredita que Paulo tenha planejado o crime. “Não acredito em crime de possibilidade, acredito em premeditação até porque na sexta ele esteve na casa [da família de Bárbara] e prestou serviço. Ele tinha ciência da vulnerabilidade, são pessoas humildes”.

 

A defesa da família de Bárbara Victória apresentou para a Polícia Civil dois suspeitos que podem ter auxiliado Paulo Sérgio na morte da criança em Ribeirão das Neves. Em entrevista à Rádio Super, a advogada Aline Fernandes deu detalhes sobre a investigação paralela realizada. pic.twitter.com/Y1MZZ7zmR5

— O Tempo (@otempo)
August 11, 2022

 

O sentimento na família de Bárbara Victória é de “revolta” diante da brutalidade praticada contra a criança e pelo fato de Paulo ter sido liberado pela polícia após prestar depoimento. “Se fosse pra gente descrever um sentimento, em uma só palavra, seria revolta. Por mais que o laudo pericial mostre que Bárbara estava morta de 36 a 48 horas, a família não consegue entender e suspeita que ela tenha sido morta depois que ele foi liberado pela polícia”, comenta.

A advogada ressaltou o desejo da família de Bárbara em saber se Paulo teve auxílio na prática do crime e apresentou elementos que levantam suspeita. “Por mais que o delegado esteja investigando a motivação, nós, familiares e a rede de apoio acreditamos que a motivação é o menor dos motivos. Queremos saber se ele usou de artifício, pois tinha marcas de pneu de carro [no campo] e ele não tinha carro. Se houve estupro de mais de uma pessoa, se mais alguém sabia do crime”.

Crime semelhante

Paulo Sérgio também é investigado por um crime semelhante há 10 anos, em Santa Luzia, também na região metropolitana de Belo Horizonte. Bianca Santos Faria tinha 11 anos em maio de 2012 quando foi sair para comprar pão em um fim de semana, desapareceu e foi encontrada com marcas de asfixia e de estupro.

O histórico de Paulo leva a defesa a temer que mais crianças fossem vítimas dele, caso não tivesse tirado a própria vida. “Se ele não suicidasse estaria livre para cometer outros crimes. Quem garante que a polícia conseguiria capturá-lo [após ter sido liberado]? Bárbara e Bianca eram crianças sem qualquer maldade”. 

“É desesperador ele ter saído pela porta da frente da delegacia. É um crime que a família nunca vai vê-lo cumprindo pena”, destacou. A Polícia Civil, em coletiva de imprensa, explicou que o homem não foi preso já que a lei não permitia, pois não havia “provas cabais” para a prisão em flagrante, nem mesmo mandado.

A instituição foi procurada por O TEMPO e indagada sobre a participação de comparsas de Paulo no crime contra Bárbara Victória. Até a publicação da matéria, o retorno não havia sido enviado. O texto será atualizado assim que o posicionamento for recebido.



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