Câmara debate em audiência reabertura das escolas


A reabertura das escolas com a volta das aulas presenciais em Belo Horizonte é consenso e considerada urgente entre os vereadores da capital que participaram de uma audiência pública da Comissão de Educação na tarde desta quinta-feira (18). Devido à ausência de um representante da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para debater o tema com o Legislativo, a presidente da comissão, vereadora Marcela Trópia (Novo), reuniu uma série de questionamentos apresentados pelos participantes para enviar à secretária municipal de Educação, Ângela Dalben.

“Todos os vereadores concordam que esse tema é importante e que precisamos reabrir as escolas. O nosso desafio agora é encontrar um consenso sobre como fazer a reabertura e quando fazer. Alguns vereadores questionaram se a vacinação dos profissionais de educação seria uma condicionante; outros querem saber por que devemos manter as escolas particulares fechadas em detrimento das públicas, já que elas estão prontas para essa reabertura”, disse.

Segundo a parlamentar, uma reunião extraordinária da Comissão de Educação deverá ser convocada nesta sexta-feira (19), e realizada na próxima semana, para definir a melhor maneira de debater o tema. “Pretendemos trazer ela (a secretária) à Câmara para responder as nossas perguntas. Até quando vamos manter as escolas fechadas?”, questionou.

A Comissão de Educação tem feito visitas técnicas nas escolas públicas da capital para verificar como está a preparação do ambiente físico das instituições para a reabertura. Questões como instalação de pias e recipientes com álcool em gel, reforma para ampliação das janelas e disponibilização de termômetros para aferir a temperatura estão sendo verificados.

Na quarta-feira (17), a Escola Municipal Imaco, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul, recebeu visita da comissão. Outras quatro escolas receberão até o fim de março.

Na avaliação de Marcela, faltam transparência e diálogo da PBH para reabrir as escolas na capital. “Precisamos entender o que foi feito pelo Executivo nesses 11 meses de fechamento das escolas em termos de estrutura. Temos que pensar nos protocolos de segurança, treinar os professores, além de convencer trabalhadores da educação, que estão resistentes em retomar as atividades. Falta diálogo com todos os atores envolvidos nesse processo para entender o desejo da população da cidade, que, na minha opinião, já quer a volta das aulas”, afirma.

Representantes do Ministério Público, do Fórum Independente dos Diretores e Vice-Diretores da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte, do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) e da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil participaram da audiência.

Cautela

Apesar da expectativa para o retorno das aulas presenciais na educação infantil no próximo mês, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) se mostrou cauteloso sobre a volta às aulas na capital. Kalil afirmou que quem decide sobre a reabertura das escolas é a equipe de saúde, não os profissionais da educação. 

“Expectativa é expectativa. Hoje (nessa quinta-feira, 18), Fortaleza fechou escolas de novo, vamos tomar de exemplo. Isso não é assunto de pedagogia, é assunto de saúde. Então, se alguém tiver que ser chamado, tem que ser o secretário de Saúde, não a secretária de Educação, porque quem manda na volta às aulas não é a pedagogia, mas, sim, a área da saúde”, afirmou o prefeito ao ser questionado sobre a audiência pública realizada ontem na Câmara Municipal de Belo Horizonte a respeito do retorno das aulas nas escolas públicas e privadas em Belo Horizonte.

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